quarta-feira, 24 de abril de 2013

Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial

Atuo na coordenação pedagógica no  noturno E.E.E.M.Venina Palma, esta escola atende a todas as modalidades de ensino. Dentre elas a EDUCAÇÃO ESPECIAL.
Segundo  a RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 (*)Institui Diretrizes Operacionais para o
Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. O  público-alvo do AEE atendido na escola, conforme Art. 4º  destas Diretrizes:
I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial.
II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger,síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
III – Alunos com altas habilidades/super dotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
 Já no  Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios.
Enquanto que no Art. 10. O projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a
oferta do AEE prevendo na sua organização:
I – sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;
II – matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola;
III – cronograma de atendimento aos alunos;
IV – plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas;
V – professores para o exercício da docência do AEE;
VI – outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção;
VII – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Uso pedagógico das ferramentas de interatividade



Acredito que assim como a integração da tecnologia no ensino e aprendizagem, todo e qualquer investimento a este processo depende muito do comprometimento dos sujeitos ligados direta e indiretamente no processo. Assim, acredito que, o e-mail, se bem utilizado, otimizará, a troca entre educadores (formação,planejamento,pesquisa); entre educadores e educandos e entre educandos entre si(interação, diremir dúvidas, dar sugestões, etc.).
Esta ferramenta é muito utilizada pela minha escola, no que tange a formação de professores, e recentemente para recebimento de trabalho de alunos.  Uma parcela pequena, dos professores, não tem o hábito de trabalhar com esta ferramenta, sendo que a coordenação pedagógica necessita deixar recados no mural da coordenação, lembrando sobre os trabalhos através de e-mails. Em relação aos alunos, surgiu como uma necessidade, já que foi a única maneira encontrada para que alguns realizassem trabalhos de sala de aula bem como extra-escolar. Mas  verificamos que os alunos que reivindicaram o uso desta ferramenta, ainda não a fazem uso plenamente.
Como vimos à ferramenta por si só, não contribui para a melhora do ensino e aprendizagem. Os sujeitos que dela se apropriam devem estar motivados e comprometidos com sua aprendizagem. Mas o que não podemos é negar a contribuição das mídias no processo de educação, e como processo, sabemos que o caminho é longo, e os primeiros passos já foram dados.
O conhecimento e as mídias visuais e digitais

Para incorporar as novas formas de ensinar usando as mídias, é comum o professor desenvolver em sala de aula uma prática “tradicional”, ou seja, aquela consolidada com sua experiência profissional – transmitindo o conteúdo para os alunos – e, num outro momento, utilizando os recursos tecnológicos como um apêndice da aula. São procedimentos que revelam intenções e tentativas de integração de mídias na prática pedagógica. Revelam, também, um processo de transição entre a prática tradicional e as novas possibilidades de reconstruções. No entanto, neste processo de transição, pode ocorrer muito mais uma justaposição (ação ou efeito de justapor = pôr junto, aproximar) das mídias na prática pedagógica do que a integração.
A reconstrução da prática requer a sua compreensão e a articulação de novos referenciais pedagógicos que envolvem os conhecimentos das especificidades das mídias, entre outras competências que o paradigma da sociedade atual demanda. Em síntese, o processo de reconstrução do conhecimento e da prática abarca a concepção de aprender a aprender ao longo da vida, numa rede colaborativa que, por sua vez, é viabilizada pela rede tecnológica, integrando as diversas mídias. 

O futuro é agora: como usar as TICs
 As tecnologias podem trazer hoje dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor - o papel principal - é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los. Os educadores são detentores de um conhecimento, no entanto, convivem com crianças egressas de um meio multimídico com o uso frequente de computadores. Não é sem razões que os professores sentem-se cada vez mais inseguros, hesitantes em adotar novos procedimentos. Neste sentido, é fundamental atentar para os novos paradigmas do educador. Mais do que em qualquer outro tempo da história, o professor precisa ser visto como um facilitador do processo ensino-aprendizagem. Para tal deve realizar uma mudança constante na seleção dos conteúdos e metodologias, partindo da realidade vivencial dos seus alunos e integrando as mídias em sala de aula. E o que é indispensável, o professor precisa estar em constante aperfeiçoamento e habilitando-se no uso dos diversos instrumentos modernos. Para Marcuschi e Xavier (2005, p. 14), “o impacto das tecnologias digitais na vida contemporânea está apenas se fazendo sentir, mas já mostrou com força suficiente que tem enorme poder tanto para construir como para devastar”. É preciso compreender que o computador deve ser um instrumento a serviço da educação e não colocá-lo como tropeço. Num primeiro momento, será o caso de perguntar pela importância concreta da educação para o futuro de um país. A educação precisa ser informatizada, interdisciplinar, transdisciplinar e holística, o que significa que, por um lado, precisa priorizar a formação sem esquecer a informação e, por outro, precisa ser conjugada com imagens, gráficos e sons. A educação precisa apresentar um outro tipo de informação: a informação não-linear e não sequencial. O computador em sala de aula constitui hoje o símbolo maior da contemporaneidade. É fato que pode ser simples conservador de uma educação retrógrada, mas a sua dimensão emancipatória parece estar sendo mais bem acertada pelas escolas em diferentes graus e modalidades. Os educadores, aos poucos, vão perdendo seu medo de serem substituídos, uma vez que os computadores, quando usados pertinentemente, auxiliam o professor para estar em maior “status”, o de formador, o de orientador, o de educador. Sobretudo, é importante resgatar o sentido da aprendizagem reconstrutiva como estratégia crucial de edificação da cidadania das pessoas e sociedades. Neste caso, podemos certamente afirmar que a relação entre a educação e informática será tanto menos fantasiosa quanto mais for mediada pela aprendizagem reconstrutiva de tessitura política, ligada à formação de um sujeito capaz de história própria, individual e coletiva, ou seja, emancipatória.

domingo, 29 de abril de 2012

A distância e o presencial cada vez mais próximos

A distância e o presencial cada vez mais próximos A inserção no mundo das tecnologias conectadas é um caminho importante para preparar as pessoas para o mundo atual, para uma sociedade complexa, que exige domínio das linguagens e recursos digitais. Em educação não podemos esperar que todos os outros problemas sejam equacionados, para só depois ingressar nas redes. Escolas não conectadas são escolas incompletas, mesmo quando didaticamente avançadas. Alunos sem acesso contínuo às redes digitais estão excluídos de uma parte importante da aprendizagem atual: do acesso à informação variada e disponível de forma online, da pesquisa rápida em bases de dados, bibliotecas digitais, portais educacionais. Estão fora da participação em comunidades de interesse, de debates e publicações online. Enfim, da variada oferta de serviços digitais. Informatização é mais do que colocar computadores. É conectar todos os espaços e elaborar políticas de capacitação dos professores, gestores, funcionários e alunos para a inserção das tecnologias no ensino e aprendizagem de forma inovadora, coerente e enriquecedora. Os projetos pedagógicos precisam refletir essa integração horizontal e vertical com o currículo. As tecnologias digitais facilitam a pesquisa, a comunicação e a divulgação em rede. Temos as tecnologias mais organizadas, como os ambientes virtuais de aprendizagem – Moodle e semelhantes – que permitem que tenhamos um certo controle de quem acessa o ambiente e do que precisa ser feito nas etapas de cada curso. Além desses ambientes, há um conjunto de tecnologias, que denominamos popularmente de 2.0, que são mais abertas, fáceis e gratuitas, como blogs, podcasts, wikis… Nesses espaços, os alunos podem ser protagonistas dos seus processos de aprendizagem. E isso facilita a aprendizagem horizontal, isto é, dos alunos entre si, das pessoas em redes de interesse. A combinação dos ambientes mais formais com os informais, feita de forma integrada, nos permite a necessária organização dos processos com a flexibilidade da adaptação ao perfil de cada aluno. A internet é uma projeção de tudo que o ser humano faz de bom e de ruim. Ela tem tudo de mais interessante, resolve um monte de problemas, como pagar contas sem filas. Tem mil vantagens de comodidade de acesso. Ao mesmo tempo, o ser humano coloca ali diversas aberrações, tanto do imaginário quanto das situações reais. Na internet há o acesso à informação para a qual o aluno pequeno não está preparado, na área da sexualidade, pornografia e violência. Isso sempre existiu, mas a internet escancarou a facilidade de acesso. A solução não está principalmente em bloquear ou em não falar disso. Temos que aprender a lidar com as tecnologias. Orientar, acompanhar, porque uma criança pode envolver-se em situações complicadas. A criança, quando percebe que os pais e professores confiam nela e se preocupam, mostra quais sites costuma visitar, ou logo aponta alguma situação anormal. A internet é um meio rico de possibilidades e de problemas. E a escola é um espaço privilegiado de aprendizagem a saber fazer essas escolhas. Uma boa escola depende fundamentalmente de contar com gestores e educadores bem preparados, remunerados, motivados e que possuam comprovada competência intelectual, emocional, comunicacional e ética. Sem bons gestores e professores nenhum projeto pedagógico será interessante, inovador. Não há tecnologias avançadas que salvem maus profissionais. São poucos os educadores e gestores pró-ativos, que gostam de aprender e conseguem colocar em prática o que aprendem. Temos muitos profissionais que preferem repetir modelos, obedecer, seguir padrões. Sem pessoas autônomas é muito difícil ter uma escola diferente, mais próxima dos alunos que já nasceram com a internet e o celular. Uma boa escola precisa de professores mediadores, vivos, criativos, experimentadores, presenciais e virtuais. De mestres menos ‘falantes’, mais orientadores. De menos aulas informativas e mais atividades de pesquisa, e experimentação. Desafios e projetos. Uma escola que fomente redes de aprendizagem, entre professores e entre alunos. Onde todos possam aprender com os que estão perto e também longe, conectados. Onde os mais experientes possam ajudar aqueles que têm mais dificuldades. O futuro será aprender em qualquer tempo e lugar, de forma personalizada e, ao mesmo tempo, colaborativa. Teremos flexibilidade curricular e facilidade de estarmos juntos, conectados audiovisualmente. Disponível em: http://ead.folhadirigida.com.br/?p=2343 Acessado em 29/04/2012.